Plasticidade: capacidade que os tecidos dispõem de formarem ou voltarem a formar mesmo após terem sido destruídos ou danificados. Designa a capacidade de reorganização morfológica das redes neuronais decorrentes de alterações internas ou externas. A noção de plasticidade não deve ser confundida com o natural processo de desenvolvimento. Até aos anos 70 do século XX julgava-se que o sistema nervoso central dos mamíferos seria uma estrutura fixa, rígida, no final do seu desenvolvimento ontogenético, sem possibilidades de reorganização morfológica. Posteriormente, descobriu-se que as redes neuronais dos indivíduos adultos podem sofrer alterações. Essas alterações ocorrem após se verificarem lesões neuronais, mas também podem ocorrer por germinação – um centro nervoso desprovido de informações “capta” informações de outros neurónios. Nem todos os neurónios têm capacidade de reorganização, mas atualmente desconhecem-se as razões que distinguem uns e outros quanto a esta capacidade. Por outro lado, sabe-se hoje que alguns mamíferos dispõem de uma produção contínua de neurónios mesmo na idade adulta.