TEMA-PROBLEMA 6.1 | O TRABALHO, A SUA EVOLUÇÃO E ESTATUTO NO OCIDENTE

 

 

 

 

 

TEMA-PROBLEMA 6.1 | O TRABALHO, A SUA EVOLUÇÃO E ESTATUTO NO OCIDENTE

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Explicitar a evolução das relações de trabalho e a sua interação com a organização social.

A palavra “Trabalho” tem origem etimológica no latim “tripalium”, um antigo instrumento de tortura. O sempre esteve associado a alguma necessidade ou obrigação. Ainda hoje, o trabalho define-se como qualquer atividade humana com a intenção de produzir algo com valor, e refere-se tanto a atividades manuais como intelectuais.

Por vezes opõe-se o trabalho ao ócio: se no trabalho o ser humano faz alguma coisa, no o ser humano nada faz, nada produz, dedicando-se a descansar e encontrar formas de se recrear. O ócio é visto como um complemento do trabalho: consiste em gozar a recompensa merecida após o . Exemplos de ócio são atividades tais como ver televisão, jogar, passear, ler um livro ou fazer turismo nas férias ou nos tempos livres.

Ao longo da História houve uma evolução histórica do trabalho e da organização social. Veremos algumas dessas etapas.

1) Nomadismo e recoleção

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As sociedades recolectoras viviam em função daquilo que a natureza lhes dava. Muitos povos eram , procurando os melhores locais para viver temporariamente. Foi na Pré-História que surgiu a divisão do trabalho: as mulheres cuidavam das crianças e recolhiam frutos e raízes da terra, enquanto os homens iam caçar e pescar, organizados em grupo. Assim se deu a , com a fixação dos povos num mesmo local permanentemente. Mais tarde surgiram os primeiros artesãos, que produziam instrumentos necessários à caça e à agricultura. Praticava-se e caça como forma de sustento. A subsistência era assegurada dessa forma.

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2) Esclavagismo e servidão

Durante a Antiguidade Clássica e a Idade Média, o trabalho era visto como sinal de inferioridade, pelo que era desprezado. O trabalho tinha permitido a alguns acumular riquezas e terras, sujeitando os mais pobres à e à servidão. Os trabalhadores eram escravos ou servos, e não tinham qualquer tipo de direitos. Trabalhar era visto como uma tortura, uma humilhação destinada apenas aos mais pobres, sobretudo escravos.

3) As corporações de ofícios

O tornou-se um modelo social durante a Idade Média. Os senhores, proprietários das terras, sujeitavam os servos a sustentarem-se a pagarem uma espécie de imposto por trabalhar a terra. Em troca, o senhor dava-lhes proteção. Na Europa feudal verificou-se o fortalecimento da . Com o desenvolvimento do comércio no século XII, já no final da Idade Média, as cidades cresceram. Começaram a organizar-se associações de comerciantes, as guildas, que promoviam os seus interesses, e corporações de ofícios, que regulavam o funcionamento dos ofícios artesanais. Além do comércio e do artesanato, desenvolveu-se também a banca, pela necessidade de proceder a câmbios e empréstimos, que estava fundamentalmente a cargo da burguesia.

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4) O mercantilismo: comércio intercontinental

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No século XV, com os Descobrimentos, surge o desenvolvimento do comércio e das manufaturas. Com o aumento da produção, os Descobrimentos permitem criar novos mercados e encontrar novas matérias primas para produzir novos produtos.

5) A Revolução Industrial

Com a Revolução Industrial, surge a mecanização do trabalho, com a introdução de na agricultura e o desenvolvimento da Indústria. Com o desenvolvimento das fábricas, famílias inteiras optam por ir viver para a cidade, onde encontram emprego. Surge o proletariado, a classe trabalhadora que vive e depende da sua força de trabalho. No entanto, os meios de produção, as máquinas e os equipamentos pertencem a uma minoria: os capitalistas. O trabalhador deixa de ter o controlo sobre a produção e passa a vender o seu trabalho em troca de um salário.

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Reconhecer as propostas clássicas (Séc. XX) sobre organização do trabalho: Taylorismo e Fordismo.

Avanços tecnológicos: a Segunda Revolução Industrial

No final do século XIX, princípio do século XX, surgiram máquinas capazes de executar parte do trabalho. Os trabalhadores tornam-se operários ou técnicos especializados.

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Surgem os modelos clássicos de organização do trabalho: fordismo e

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Taylor defendia princípios científicos de organização do trabalho:

Planeamento: substituição dos métodos empíricos por métodos científicos

Seleção: selecionar e treinar os trabalhadores para cada cargo

Supervisão: controlar os tempos e o trabalho de cada funcionário

Execução: responsabilizar e disciplinar o trabalho.

Tratava-se de alcançar a máxima produção com a máxima eficácia. No entanto, o Taylorismo viria a provocar grandes problemas, pois o operário tornava-se uma peça da engrenagem, levando a inúmeros acidentes de trabalho, elevado absentismo, desmotivação, pouca qualidade no produto final e uma escravização do trabalhador. Em “Tempos Modernos”, Charles Chaplin caricaturiza esta forma de organização do trabalho.

O Fordismo, de Henry , foi aplicado às fábricas de automóveis Ford para produção em série e em massa. Reduzindo os custos e o tempo de produção, passava a ser possível estimular o consumo em massa. Eis as principais ideias de Ford:

Uniformização dos produtos

Cadeia ou linha de montagem, eliminando os funcionários mais lentos pois o ritmo de trabalho era marcado pelas máquinas

Fabrico em massa

Política de salários elevados, com recompensas para premiar os trabalhadores

Ambos os modelos acabaram por ser criticados por vários motivos:

Os trabalhadores sentiam-se desmotivados e tinham problemas de saúde devido às tarefas rotineiras e repetitivas

Em alguns sectores de atividade, estes modelos não podem ser replicados

Geram desmotivação nos funcionários.

Identificar aspetos que evidenciam o aparecimento de novas formas de organização do trabalho.

6) Atualidade

Atualmente o trabalho já não é visto apenas como uma ocupação servil, pois passa a ser encarado também como forma de desenvolvimento pessoal e social. Hoje em dia, o trabalho é visto como um motivo de dignidade da pessoa, fonte de prazer e de realização .

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Com a automatização (conjunto de máquinas que executam o trabalho) e a automação (sistema inteligente de gestão do trabalho das máquinas/robots, executado por computadores), muita mão de obra torna-se dispensável. Desaparecem algumas profissões, surgem outras, predominantemente ligadas ao sector dos serviços. O capital passa a ser concentrado nas mãos de uma minoria, acentuando as diferenças .

Atualmente, a grande revolução em curso é a do . Exige-se uma mão de obra cada vez mais qualificada, utilizam-se novos sistemas de comunicação, a economia está globalizada, as maiores empresas são altamente tecnológicas.

Consequentemente, existe o risco de o desemprego subir; está a desaparecer a noção de emprego para toda a vida; o trabalho é exercido, muitas vezes, de forma precária, como os “recibos verdes”; exige-se formação e requalificação profissional de forma permanente, levando indivíduos com altas qualificações a sentir dificuldades no acesso a .

 

 

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