Inato/Adquirido: Em psicologia, o inato opõe-se ao adquirido, no sentido em que algo é influenciado pelos genes e independente das influências do meio social ou cultural. Tudo o que é inato é fixo e resistente à mudança, sendo próprio da espécie. Inato é aquilo que existe desde o nascimento. Contudo, os casos de gémeos separados á nascença que revelam semelhanças surpreendentes não deixam de surpreender os investigadores. Como é possível distinguir as causas de comportamentos que são ambientais (influência dos pais, familiares, experiências de vida) daquelas que são hereditárias (inscritas no código genético do indivíduo)? Esta é a questão que suscita o debate acerca do grau de influência da hereditariedade e do meio sobre o comportamento humano. Trata-se de um debate com origem na Filosofia: John Locke argumentava que o ser humano é uma tabula rasa, sendo o ambiente a sua única influência sobre o desenvolvimento, enquanto Rousseau defendia a existência de fatores genéticos (caraterísticas “naturais”) que influenciariam o desenvolvimento. Hoje, os psicólogos do desenvolvimento concordam que ambos, o inato e o adquirido, interagem para produzir padrões de desenvolvimento e resultados específicos. O debate prossegue vivo, tendo a questão evoluído de o que influencia o desenvolvimento para em que grau se dá essa influência de ambiente e hereditariedade.