O Google Maps é uma ferramenta excelente, mas não apenas para utilizar no Android Auto quando precisamos de descobrir alguma localização. Também pode ter utilidades educativas, como a geolocalização. Para professores de História, Geografia, Geologia, Estudo do Meio, Área de Integração e várias outras disciplinas, é possível utilizar o Google Maps com os alunos, através de dispositivos simples (telemóveis) e com grande facilidade de aprendizagem e utilização.
Eis um tutorial para trabalhar com Google Maps:
- No Google Drive, clique em Novo > Mais > Google os Meus Mapas e atribua um título ao Mapa. Se tiver vários mapas, abra o mapa com o qual vai trabalhar.
- Para localizar um ponto (freguesia, edifício, restaurante, museu, etc.) no mapa, utilize a barra de pesquisa.
- Para assinalar um novo ponto no mapa, clique no ícone “Adicionar Marcador” e coloque o marcador na localização desejada.
- Ao criar um novo ponto no mapa, surge uma janela com a identificação “Ponto número X”. Atribua um nome a esse ponto. Na caixa de texto, pode colocar comentários ou informações acerca desse ponto. Clique em Guardar.
- Para editar um ponto, clique no nome desse ponto na barra lateral esquerda:
- Se clicar em Estilo, pode editar a cor do ponto; clicando em Mais Ícones, pode selecionar ícones diferentes ou fazer o upload de uma imagem clicando em Ícone Personalizado.
- Se clicar em Editar, é possível mudar o nome, acrescentar texto ou inserir um vídeo ou imagem;
- Se clicar em Adicionar Imagem ou Vídeo, é possível inserir uma imagem ou vídeo do seu dispositivo, da internet, do Youtube, etc.
- Se clicar em Eliminar um elemento, esse elemento será eliminado imediatamente, sem possibilidade de retroceder.
- Caso esteja a trabalhar com alunos, mantenha-se da mesma “camada” enquanto não conhecer bem esta ferramenta.
- Para partilhar o mapa, clique em Partilhar > Partilhar no Drive
Fica ainda um exemplo de um trabalho possível para Área de Integração, Tema 4.1 – A identidade regional
Tarefas do Professor: criação dos grupos de trabalho no Google Drive.
Aceder à Drive da conta Google e clicar em Novo > Mais > Google My Maps; atribuir um título ao Mapa; partilhar o mapa com o GMail dos alunos do grupo; distribuir os itens para cada grupo. Cada grupo deve trabalhar no seu próprio mapa. Para partilhar com os alunos, basta clicar em Partilhar > Partilhar no Drive > Definir o aluno como Editor > Enviar. Cada grupo deve ter um Google Docs onde poderá registar os seus dados. O Documento deve ser partilhado unicamente com os membros de cada um dos grupos, como editores (e não visualizadores).
Tarefas dos alunos:
Aceder ao email de convite para colaborar no mapa enviado pelo Professor. Para entrar no Mapa, podem seguir o link fornecido ou abrir a Drive e selecionar “Google Meus Mapas”. Nota muito importante: o aluno deve entrar no mapa com o mesmo perfil da conta de GMail para onde foi enviado o convite de edição. Se tiver sessão aberta noutra conta, não poderá editar o mapa.
Registar no Google Docs da Drive as várias informações sobre os elementos identitários da região em que se insere a escola. Tomemos a cidade do Porto como exemplo.
- património natural
- património cultural
No mesmo documento, registar entrevistas (transcritas, se realizadas em áudio ou vídeo) a familiares ou aos mais diversos agentes sociais sobre as tradições locais, a literatura oral, a gastronomia, o artesanato, festividades, culturas, lendas e mitos da região.
Pesquisar, em diferentes fontes de informação, características da paisagem que se associam ao património natural e cultural da região. Pode recorrer à Internet, mas também à Biblioteca da Escola ou às várias entidades da região (Museu, Câmara Municipal, etc.
Observar, direta e indiretamente, elementos naturais e humanos da região em que a escola se insere, procedendo à recolha de informação e sua posterior publicação em plataformas online (por exemplo, vídeos gravados com o telemóvel e publicados no Youtube).
Algumas sugestões complementares:
- Os alunos descobrem rapidamente que podem apagar os trabalhos dos colegas. Não podem eliminar o mapa, mas podem eliminar os pontos assinalados no mapa pelos outros alunos. Para mitigar esse constrangimento, sugiro que se elabore o mapa em grupos pequenos, com 2 a 4 elementos, sendo que cada grupo trabalha apenas no seu próprio mapa. É possível juntar os mapas todos num só, trabalho esse que terá de ser feito pelo/a Professor/a: basta guardar o mapa de cada grupo no computador no formato KML, criar um novo mapa geral e importar para lá todos os ficheiros KML que temos no computador.
- Recomendo que as permissões de acesso aos documentos na Drive (Mapa, Google Docs) sejam retiradas assim que o trabalho esteja concluído, evitando que os alunos procedam a alterações posteriores à avaliação. Quando o trabalho terminar, o aluno passa de Editor a Visualizador.
- Este tipo de trabalho pode ser feito com Google Maps mas também com Google Earth. Podemos transformar um Google Maps num Google Earth com o mesmo processo de exportação do Maps para o computador e importação do ficheiro KML para o Earth. Contudo, o trabalho no Google Earth exige dispositivos mais apetrechados, sendo a edição com telemóveis consideravelmente mais difícil. Os mapas em Google Earth são muito mais apelativos, mas mais exigentes. Um exemplo de mapa elaborado em Google Earth pode ser encontrado aqui: https://clf.apfilosofia.org/stuart-mill-um-mapa-para-saber-mais/. Um outro exemplo pode ser encontrado neste link: https://earth.google.com/web/@4.21494388,-21.0400598,-80.6856154a,11876535.93853318d,30y,0h,0t,0r/data=MikKJwolCiExRmE3TER5S183X0lhc2dFeEhDSlRXdUFnR054RGVlUmYgAQ
- Este trabalho pode, com vantagem, ser mobilizado para um DAC com várias disciplinas: Português (levantamento pormenorizado dos escritores nascidos no distrito), Inglês / Espanhol / Francês / Alemão (elaboração de um roteiro turístico numa língua estrangeira), Educação Física (inserção dos clubes representativos do distrito), Matemática (análise das estatísticas disponíveis na PORDATA), Geografia (análise de mapas), etc.
- O trabalho deve incluir um Google Docs (no qual os alunos recolhem os elementos que vão utilizar no Maps) e uma apresentação oral do artefacto digital construído – o mapa. A avaliação por rubricas revela-se bastante útil neste tipo de trabalho.