Aprendizagem: alteração no comportamento de um organismo que resulta da influência do meio e se traduz no aumento das possibilidades de ação ou conduta de forma relativamente estável e perdurável. Não se deve confundir a aprendizagem com as alterações comportamentais decorrentes da maturação do organismo se dessa maturação não decorre qualquer interação com o meio. A aprendizagem implica a memória de tal forma que são indissociáveis. A base da aprendizagem é o reflexo condicionado, mas esse processo não é suficiente para a explicar sem ter em conta a maturação das funções nervosas. Historicamente, os estudos sobre a aprendizagem remontam a Ivan Pavlov mas muitos foram os autores a dar o seu contributo: Edward Thorndike, Burrhus Frederic Skinner, Clark Hull, Edward Tolman, etc.. Existem várias teorias acerca da aprendizagem: condicionamento clássico, condicionamento operante, aprendizagem discriminativa, aprendizagem latente, etc. Todas as teorias pretendiam fornecer leis gerais que expliquem a aprendizagem, aplicáveis ao homem. Contudo, permanecem em aberto quais os mecanismos intervenientes na aprendizagem. Alguns são consensuais, como a habituação, mas à medida que abordamos os mecanismos superiores de aprendizagem, torna-se mais difícil determiná-los. A neurobiologia da aprendizagem procura determinar o papel do sistema nervoso no processo de aprendizagem, designadamente as modificações ocorridas no sistema nervoso central e a sua localização. Os estudos acerca da aprendizagem têm impacto sobre a pedagogia (“condução da aprendizagem nas crianças”) e sobre a andragogia (“orientação da aprendizagem nos adultos”): um ensino prematuro, anterior à maturação fisiológica e psicológica é infrutífero na criança e no adolescente, enquanto no adulto a aprendizagem tem de ser um ato intencional para se integrar na personalidade do sujeito, pelo que só faz sentido quando é utilizada para produzir e criar.